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São Cipriano de Cartago: Deus ouve a oração humilde, de quem se reconhece fraco e pecador

21/04/2012

Quem ora, queridíssimos irmãos, não deve ignorar como o publicano e o fariseu oravam no templo. Aquele não levantava descaradamente os olhos ao céu nem erguia as mãos com insolência, mas implorava o auxílio da misericórdia divina batendo no peito e confessando os seus pecados íntimos. E enquanto o fariseu se comprazia em si mesmo, o publicano que assim rezava mereceu ser santificado, pois não havia posto a esperança da sua salvação na garantia da sua inocência – porque ninguém é inocente – , mas na confissão humilde dos seus pecados; e Aquele que perdoa os humildes prestou ouvidos àquele que assim rogava.

O Senhor confirma-o no seu Evangelho ao dizer: Subiram dois homens ao templo para orar; um era fariseu, e o outro publicano. O fariseu, em pé, orava no seu interior: Graças te dou, ó Deus, porque não sou como os outros homens, injustos, ladrões, adúlteros, nem como este publicano; jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo o que possuo. O publicano, porém, conservando-se à distância, não ousava levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Meu Deus, tem piedade de mim, que sou um pecador. Digo-vos que este voltou justificado para casa, e não o fariseu, porque quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado (Lc 18,10-14).

(De oratione dominica, 6)

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