São Cipriano de Cartago: a comunhão fraterna torna a oração eficaz
S. Cipriano de Cartago, em mosaico bizantino do séc. VI
Se somos co-herdeiros de Cristo, permaneçamos na paz de Cristo. Se somos filhos de Deus, sejamos pacíficos. “Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9). Convém, pois, que os filhos de Deus sejam pacíficos, mansos de coração, simples quando falam, concordes nos afetos, sempre ligados uns aos outros pelos laços da unidade de espírito.
Essa unidade reinou ao tempo dos Apóstolos e a nova plebe, o povo dos que acreditaram, guardava os preceitos do Senhor e ficava fiel à sua caridade. Prova-o a divina Escritura, dizendo: “A multidão daqueles que acreditavam se comportava como se fossem todos uma só alma e uma só mente” (Atos 4,32).
E antes: “Estavam perseverando todos unânimes na oração com as mulheres e Maria, a mãe de Jesus, e seus irmãos” (Atos 1,14). Por isto oravam de modo eficaz e podiam confiar em alcançar o que estavam pedindo à misericórdia divina.
(A Unidade da Igreja Católica, 24,3. 25)
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