Jesus: mestre da oração – [ Beato Charles de Foucauld ]
“Ele prostrou-se com o rosto em terra orando e dizendo…” (Mat. 26, 39).
Nosso Senhor prostra-se para orar. Imitemo-lo: orando prostrados, de joelhos, nas atitudes mais penitentes, mais humildes, mais suplicantes, pois são estas as que mais nos convém, e são também as melhores para nós, porque são as que traduzem maior amor. Que outra posição revela maior afeto, do que por-se de joelhos aos pés de quem se ama?… Fiquemos assim ao pé do Senhor… Não temamos estar sentados na sua presença, como Santa Madalena, ou em pé. Mas preferíramos estar de joelhos, e sempre que pudermos, de joelhos ou prostrados, imitemos o seu exemplo, como a humildade, a penitência, e sobretudo o amor, mandam que se façam as nossas orações.
“Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice, todavia não (se faça) como eu quero, mas sim como tu queres…” (Mat. 26, 39).
Deus ensina-nos a orar. É preciso, antes de mais, pedir a Deus o que desejamos com a simplicidade da criança que fala a seu pai, e depois disto acrescentar: “todavia, não como eu quero, mas sim como tu queres”.
Façamos assim: nada de complicações na nossa oração, mas a simplicidade absoluta. Peçamos o que o nosso coração deseja, sem gastar tempo a pensar se faríamos melhor em pedir outra coisa, sem floreados, com toda a simplicidade. Peçamos e depois acrescentemos: “e no entanto, não se faça a minha vontade, mas a tua”.
(B. Charles de Foucauld: Meditações sobre o Evangelho)
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